Diziam que era constantemente visitada pelo menino Jesus, que quis adormecer em seu colo e lhe coroou com uma coroa de flores. Estes se tornaram seus símbolos.

Hoje é dia da Santa Rosa de Lima, padroeira do Peru. A santa limeña é adorada e largamente reproduzida em quadros, imagens, souvenirs. Em minha casa mesmo, minha filha foi presenteada com a imagem em arte cusqueña por ter nascido no mês da padroeira. A verdade é que, apesar de ver a imagem em vários lugares e a visita de dois conventos estarem entre o top ten turístico de Lima, muito pouco turista sabe realmente alguma coisa sobre a Santa Rosa de Lima.

Padroeira também da América Latina e das Filipinas, Santa Rosa de Lima nasceu em Lima, no ano de 1586, terceira filha de um espanhol com uma limeña. Foi batizada como Isabel Flores, mas, devida sua imensa beleza, era chamada por todos de Rosa.

Quando seus pais perderam tudo em um investimento errado, ela se viu obrigada a trabalhar para ajudar no sustento da casa, trabalho feito com muita alegria, pois dizia que “se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência”.

Além de muito bela, ela também era conhecida como a moça mais virtuosa e prendada de Lima e é claro que não faltaram pedidos de casamentos, todos negados por ela devido seu amor por Jesus. Em idade de casar, fez o voto de castidade e tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, após lutar contra o desejo contrário dos pais.

Ainda em vida lhe foram atribuídos muitos milagres de curas e até mesmo o impedimento da invasão de Lima pelos piratas holandeses em 1615.

Morreu devido uma doença, aos 31 anos, e está enterrada no Convento Santo Domingo, no centro de Lima.

A nota de 200 soles estampa o rosto da Santa Rosa de Lima e o “Poço dos Desejos”, onde os fiéis depositam suas cartas com pedidos todo dia 30 de agosto.

Selo comemorativo com a imagem da Santa.